Em 2024, o mercado global da monitorização mediática valia 5,41 mil milhões de dólares. Segundo a Fortune Business Insights, esse valor poderá triplicar até 2032, atingindo os 16,8 mil milhões. A razão? A reputação das marcas deixou de ser apenas uma questão de publicidade ou relações públicas. Hoje, constrói-se — e destrói-se — em tempo real, através de um ecossistema mediático cada vez mais fragmentado e veloz: imprensa, rádio, televisão, redes sociais, podcasts, fóruns, vídeos, reviews de consumidores e até respostas geradas por IA.
Num contexto onde a confiança é o novo diferencial competitivo, a monitorização mediática deixou de ser uma função periférica para se tornar um pilar estratégico. Não basta saber o que se diz sobre a marca — é preciso compreender, antecipar e agir.
A reputação como ativo financeiro
Estudos recentes mostram que crises reputacionais têm impacto direto na valorização bolsista, sobretudo em sectores ESG. Quando duas marcas oferecem produtos semelhantes, o fator decisivo é a confiança. E essa confiança é moldada por vozes externas: jornalistas, influenciadores, consumidores. Uma menção positiva num podcast de referência ou numa resposta de IA pode valer mais do que uma campanha paga.
Além disso, os algoritmos de inteligência artificial estão a privilegiar conteúdos de media conquistado (earned media) em detrimento de conteúdos pagos ou próprios. Ou seja, aparecer nas “respostas” de uma IA depende cada vez mais da qualidade da cobertura mediática — e não do investimento publicitário.
Automatizar para decidir melhor
Ferramentas como o novo Onclusive 360, lançado em 2025, combinam recolha exaustiva de dados, síntese automatizada com IA e dashboards analíticos. O objetivo? Reduzir o esforço manual, acelerar decisões e oferecer uma visão consolidada da reputação mediática.
Mas a tecnologia, por si só, não basta. A análise humana continua a ser essencial para interpretar nuances, distinguir ruído de sinal e contextualizar tendências. A combinação entre automação e inteligência editorial é o que transforma dados em decisões.
Três pilares para uma monitorização eficaz
1. Antecipar crises Uma polémica pode escalar em horas. Uma monitorização bem estruturada identifica sinais de alerta, temas sensíveis e os media que os amplificam. Esta capacidade de deteção precoce permite ajustar o discurso e preparar respostas antes que a crise se instale.
2. Vigiar concorrência e tendências Observar o que se diz sobre os outros é tão importante como monitorizar a própria marca. A vigilância competitiva permite identificar oportunidades, antecipar movimentos do mercado e inspirar inovação.
3. Medir o que importa Mais do que contar menções, importa avaliar a sua relevância: alcance, tonalidade, profundidade de tratamento, influência do meio. KPIs bem definidos permitem ligar a cobertura mediática a resultados concretos — notoriedade, perceção de marca, vendas.
Em 2025, fazer uma boa monitorização mediática é saber ouvir o mundo — e responder com inteligência. É transformar informação em vantagem competitiva. E, acima de tudo, é perceber que a reputação já não se controla… mas pode (e deve) ser estrategicamente gerida.
